Amigos Alegraivianos!!!
Quanto tempo!!
Como é bom estar com vocês novamente!
Queridos, neste programa de segunda-feira, dia 16/03/2009, tivemos como tema central esta discussão nacional em torno do caso da menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos e teve esta gravidez interrompida.
Para melhor falar sobre o tema, até mesmo em âmbito judicial, tivemos a presença do Promotor de Justiça e Fundador da Comunidade Paz & Mel, Manuel Luiz Prates Guimarães, nosso querido e acolhedor, "Manu".
A questão da excomunhão dos médicos e pais da menina que autorizaram o procedimento abortivo dos filhos gêmeos da mesma, teve repercussão nacional. Isto, pela grande ênfase dispendida ao assunto, pelo veículo de mídia mais popular do Brasil.
Por isto, como estamos também buscando uma melhor visão dos acontecimentos do cotidiano, com uma reflexão católica sob estes mesmos acontecimentos, não poderíamos deixar passar a oportunidade de discutir/dialogar sobre o assunto em nosso programa.
Manu foi de primordial importância com suas reflexões. Pois nele conseguimos melhor entender o aspecto jurídico e também doutrinário católico para o tema.
Para uma melhor reflexão sobre este assunto da excomunhão, trazemos texto que faz menção de outro caso também envolvendo a encomunhão. Colacionamos abaixo.
"Frente aos últimos acontecimentos, amplamente e de certa forma, irresponsavelmente noticiados pelos meios de comunicação de todo o país e de outros países, envolvendo uma criança de 9 anos de Alagoinhas (PE) e de outra criança, esta de 11 anos, de Iraí (RS) em território de nossa Diocese, venho por meio desta *Nota Pastoral *esclarecer que:
1. Para a Igreja, o aborto voluntário, diretamente provocado, é sempre gravemente ilícito. O cânon 1398, que prevê a pena de excomunhão "latae sententiae" (ou seja, sem necessidade da intervenção da autoridade judicial da igreja, pelo próprio fato de se ter cometido o delito com plena responsabilidade) não faz nenhuma exceção quanto aos motivos do aborto. A pena de excomunhão atinge a todos os que, conscientemente, intervêm no processo abortivo, quer com a cooperação material (médico, enfermeira, etc.), quer com a cooperação moral verdadeiramente eficaz: pais e todos aqueles que forçam a concretização do crime. No caso específico de Alagoinhas (PE), a menor grávida não tem nenhum tipo de responsabilidade, por incapacidade de decisão e pelo que agora se entende, segundo o testemunho do pároco do lugar, também os pais da menor foram fortemente pressionados,e até mesmo enganados a respeito da gravidade do estado de saúde da menor, por alguns funcionários da estrutura pública onde foi realizado o aborto. Portanto, quase que certamente os pais da menor não incorreram em tal pena, já que foram pressionados psicologicamente a autorizar tal ato.
2. O Exmo. Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, OC não excomungou ninguém. Tão simplesmente recordou aquilo que é o ensinamento tradicional da Igreja nestes casos, ou seja, aquilo que já foi explicado no item anterior: todos aqueles que atuam, de forma voluntária e consciente no crime do aborto, estão fora da comunhão da Igreja.
3. Sua Excia. Revma. também explicou o sentido da pena de excomunhão, que é a privação dos bens espirituais e a limitação do exercício dos direitos como católicos. A pena existe para que se entenda a gravidade do mal cometido, e para que quem a comete possa refletir e pedir perdão a Deus pelo mal realizado, bem como para punir também o escândalo produzido pela atitude errada. A finalidade da pena é, portanto, a de um remédio espiritual.
4. O que de fato causa espécie em toda esta polêmica é a atitude daqueles que defendem o aborto, que exigem todo o direito de expressar suas opiniões e conceitos, mas não aceitam que a Igreja, fundamentada na Doutrina de Cristo e de Seu Evangelho, possa exercer também o mesmo direito. Esta é a liberdade de expressão que predomina em muitos destes grupos de pressão.
5. Finalmente, em relação ao caso ocorrido em nossa Diocese, ou seja, a da criança de Iraí (RS), os fatos tomaram outros rumos, graças a Deus. Em primeiro lugar, preservou-se a vida da criança gerada. Em segundo lugar, socorreu-se a menor que engravidou, oferecendo-se a ela e a seus familiares o conforto e a atenção psicológica, social e espiritual. Nossa Igreja Diocesana, especialmente as Paróquias de Iraí e de Tenente Portela, estarão atentas e próximas desta família, tão duramente provada.
6. Em relação aos que violentaram estas crianças, é importante dizer que cometeram um pecado gravíssimo. Estão também eles afastados da Comunhão Eclesial, efeito do pecado grave. Devem igualmente arrepender-se do mal realizado às meninas e do escândalo e, só no caso de arrependimento sincero e através do sacramento da Penitência, poderão retornar à Comunhão eclesial. São pecados e penas diferentes, mas igualmente graves.
7. Peço a toda a Comunidade Diocesana orações para que esta situação toda possa nos fazer compreender o valor e a importância do respeito à vida, tanto daquelas crianças que ainda não nasceram, como daquelas que já estão neste mundo. Uma sociedade que não respeita suas crianças está fadada à barbárie, que se manifesta tanto nos abortos como também nas diversas formas de violência infligidas às crianças. Neste ano, em que a Campanha da Fraternidade nos fala da Segurança Pública e da necessidade da conversão em relação à violência, como católicos, não podemos admitir que nossas crianças, mesmo aquelas não nascidas, sejam desrespeitadas em seus direitos mais fundamentais.
8. Finalmente, peço aos senhores padres que leiam esta Nota Pastoral nas Santas Missas Dominicais do final de semana dos dias 14 e 15 de março, III Domingo da Quaresma.
Frederico Westphalen, 07 de março de 2009. +Antonio Carlos Rossi Keller. Bispo Diocesano.
_______________________________
Amados amigos em Cristo, como podemos refletir, entendemos que a atuação de Dom José, sob aspecto da própria doutrina católica, em sintonia com Código Canônico, estava totalmente correta.
O aborto, sob qualquer das suas formas, é vedada pela doutrina católica. Então, Dom José, como descendente dos apóstolos de Cristo, com sua posição formada e tendo, em cima disto, de tomar posição firme frente aos acontecimentos que vão de encontro com o que o catolicismo tem como verdade, agiu de maneira correta, idônea e verdadeiramente pura.
*
No mais, foi isto pessoal.
Esperamos que todos vocês tenham gostado bastante do programa e diálogo sobre este discussão nacional envolvendo a excomunhão.
Todos tenha uma ótima semana.
E até o próximo, Alegrai-vos no Senhor!
"Salve, Rainha, Mãe misericordiosa, vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós brandamos os degregados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia pois, advogada nossa,esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e, depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre,
óh clemente, óh piedosa, óh doce sempre Virgem Maria.
Rogais por nós Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém".
Nenhum comentário:
Postar um comentário